Num futuro distante, a Humanidade tem a capacidade de colonizar planetas distantes, utilizando a criogenia para as viagens de longa duração. É neste contexto que se inicia Passengers, que nos conta a história de Jim Preston, um mecânico que vai ser acordado do seu sono, devido a uma falha técnica.
O primeiro acto enquadra-nos na dura realidade de Jim, que se encontra sozinho, incapaz de acordar a tripulação e de regressar ao sono criogénico. Lentamente, vamos acompanhando o seu dia a dia, numa tentativa de evitar a solidão, recorrendo a vários tipos de entretenimento e a Arthur, o andróide que gere o bar. Existem segmentos francamente cómicos, bem suportados por diálogos intensos e que nos fazem sentir empatia com a situação.
Estamos perante um bom filme, que tenta retratar a claustrofobia e a capacidade de sobrevivência do ser humano, colocando o nosso “anti-herói” numa situação quase impossível. Vou evitar os spoilers, mas posso adiantar que vão existir mais duas pessoas a acordar, nomeadamente Aurora Lane (uma escritora) e Gus Mancuso, um dos membros da tripulação.
Temos uma sociedade estratificada, em que o estatuto social e a capacidade financeira permitem regalias aos 5.000 passageiros, sendo evidente a desigualdade entre Aurora e Jim, o que cria algumas situações caricatas. O filme vai-se tornando mais sério, sobretudo no acto final, com a necessidade de encontrar a anomalia que está lentamente a destruir os sistemas internos da nave, colocando em risco a segurança de todos.
No geral, gostei bastante de Passengers, pela sua abordagem leve e diferente do que tem saído ultimamente em termos de ficção científica. Está longe de ser inovador, mas tem boas interpretações de Chris Pratt e Jennifer Lawrence. Sugiro que dêem uma oportunidade a este filme, se são fãs do género.
hugocardoso
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