Elysium

Elysium fazia parte da minha lista para 2013, o que automaticamente me forçava a ir ao cinema. Ontem tive a oportunidade de o fazer e esta é a minha sincera opinião: é um filme interessante mas podia ser algo marcante no género. Neill Blomkamp é o realizador e alguns dos maneirismos presentes em District 9 são igualmente visíveis neste enredo. A narrativa decorre em 2154, numa época em que o Planeta Terra é ocupado pelos pobres, que tentam sobreviver á doença e sobrepopulação de um planeta poluído e devastado. Na órbita do nosso planeta, temos a estação espacial Elysium, um gigante Éden flutuante, onde não há doença e todos vivem em harmonia.

Como habitualmente, há uma crítica implícita ao capitalismo e consequente desnível social, aliado a elementos sci-fi, que tornam este filme muito interessante. A primeira parte é muito dedicada ao desenvolvimento de personagens, focando as necessidades e angústias, terminando com a previsível missão final: atingir o Elysium e curar a doença terminal que aflige Max (Matt Damon).

A segunda parte do filme fica reservada para a acção, com a chegada dos “ilegais” a Elysium, o que vai despoletar uma guerra entre as duas facções. Pelo meio, temos a batalha épica entre Kruger e Max, bem ao estilo Good vs Evil, como seria de esperar. Aliás, em termos de interpretações o filme é uma desilusão, com excepção a Jodie Foster e Sharlto Copley, que tem mais uma performance digna de registo.

SPOILER ALERT

No próximo parágrafo vou falar acerca de decisões tomadas que não fazem muito sentido em Elysium. A personagem de Jodie Foster é desperdiçada por completo, o que é uma pena, dado que tem imenso potencial. A partir de determinado ponto, o realizador deixa de se preocupar com a narrativa e a batalha entre Max e Kruger domina por completo, o que resulta numa perda de qualidade no global do filme. E claro, não me posso esquecer dos habituais “plot holes” mas que acabam por ser secundários face ao que referi anteriormente. E finalmente… Michael Shanks… mas porque raio se falou tanto nele se na realidade nem tem uma única frase em todo o filme? Deviam tratar o Dr Daniel Jackson com mais respeito…

No global, considero Elysium um filme interessante, que vale a pena ver mas recomendo que o façam no conforto do vosso lar. Honestamente não me parece que valha o investimento do bilhete de cinema, mesmo com o desconto de uma determinada operadora de TV.

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hugocardoso

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2 Comentários em “Elysium”

    1. Concordo, não vai ficar na minha memória durante muito tempo. É uma pena porque tinha enredo, actores e potencial para ser muito bom.

      Continuo a aguardar um grande filme de ficção científica (Elysium e Oblivion) mas começa a faltar tempo para 2013 cumprir essa promessa.

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