Com excepção do primeiro filme, a saga Transformers não tem sido particularmente bem tratada, mas nada me preparou para algo tão mau como Age of Extinction. Por esse motivo, entrei com expectativas terrivelmente baixas para The Last Knight, que acabou por me surpreender pela positiva.
A narrativa apresenta-nos a Humanidade em guerra com os Transformers, numa fase em que Autobots e Decepticons se encontram fragmentados e sem líder. Optimus Prime encontra-se a caminho de Cybertron e a chave para salvar o planeta assenta na ligação histórica entre os Cavaleiros de Távola Redonda e os Transformers, que juraram defender e proteger o bastão de Merlin, uma poderosa arma capaz de mudar o desfecho de qualquer guerra.
Até agora tudo parece terrivelmente rebuscado, mas a realidade é que funciona, resultado da simbiose criada entre acção e humor, com destaque óbvio para Bumblebee e Cogman. O regresso de Cade Yeager, Agente Simmons e do Coronel William Lennox são igualmente importantes para fazer a ligação com os filmes anteriores, assim como a adição de Vivian Wembley e Sir Edmund Burton, que conferem uma dinâmica diferente a The Last Knight.
Por último, a vilã Quintessa tem a sua relevância, até porque faz claramente a ponte para o próximo filme, que envolverá garantidamente Unicron. Existem cenas épicas de acção, carros de alta cilindrada, cavaleiros, submarinos, nazis e até uma luta entre Optimus e Megatron, mas é a dinâmica entre Yeager e Vivian que elevam esta aventura a um patamar muito superior aos dois filmes anteriores.
Apesar de não deslumbrar, há muito de positivo nestes 269 minutos, pelo que sugiro que lhe dêem uma oportunidade.
hugocardoso
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