Desde a primeira aventura dos Avengers que Thanos aguarda pacientemente pela oportunidade de reunir as seis Pedras do Infinito. A saga apenas ficará concluída em 2019, mas no imediato vamos conhecer as motivações deste vilão, que pretende trazer o Equilíbrio ao Universo, de uma forma única e aterrorizadora.
Os irmãos Russo são os responsáveis por esta mega-produção, que proporciona duas horas e meia de pura diversão, com uma narrativa envolvente, aliada a fantásticas cenas de acção e que nos surpreende em algumas decisões.
Diria que apesar do humor presente, este é o claramente o projecto mais sombrio da Marvel. Os nosso heróis têm pela frente o mais temível dos adversários, que vai ficando mais forte à medida que adquire as várias pedras. Para complicar ainda mais a situação, tem em sua posse uma Gauntlet, forjada pelos anões de Nidavellir, que lhe permite utilizar a totalidade do poder das Pedras do Infinito.
Existem três actos distintos no filme, com uma separação muito inteligente dos heróis em várias equipas, tirando partido das sinergias e criando momentos únicos de interação. Diria que o papel principal desta primeira parte cabe sem dúvida a Iron Man e Thor, que se convertem, por motivos distintos, nos maiores adversários de Thanos.
Destaque para a participação de Gamora, Doctor Strange e Scarlet Witch, que apesar de curtas aparições, conseguem ser extremamente importantes para a narrativa. Vou evitar os spoilers mas posso adiantar que existirão várias cenas memoráveis e emocionantes, com um desenlace que alguns poderão considerar inesperado.
Gostei francamente da premissa de Thanos ser a personagem principal de Infinity Wars. Ficamos a conhecer a sua dor e os sacrifícios necessários para alcançar o seu objetivo, embora curiosamente nunca chegue a utilizar a totalidade do seu poder. Várias são as ocasiões em que opta por poupar alguns dos nossos heróis, demonstrando respeito pelas suas convicções e atitudes. Acrescentaria inclusivamente que vamos ganhando empatia por Thanos à medida que o filme vai decorrendo, algo que à primeira vista é inédito para um vilão.
No que diz respeito a efeitos especiais e coreografias de luta contem com o que a Marvel nos tem habituado. Estamos perante um filme ambicioso, que lança vários cenários e deixa em aberto um sacrifício final para os nossos heróis.
Depois do êxito de Black Panther, o patamar de qualidade subiu ainda mais, convertendo Infinity Wars num dos melhores filmes da MCU, o que não era fácil.
Recomendo vivamente uma ida ao cinema e caso pretendam, fica o convite para partilharem a vossa opinião na caixa de comentários.
hugocardoso
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