Na minha lista de destaques para 2018, marquei este filme como um dos meus dark horses, por sentir que poderia trazer algo de diferente ao género de ficção científica. Como tem sido apanágio recentemente, a Netflix apoiou o projecto, tendo disponibilizado o filme no dia de ontem (28 Julho).
À primeira vista, podemos pensar que se trata “apenas” de um filme de sci-fi, mas na realidade existem camadas mais profundas, que tentam mostrar como seria uma sociedade sem conflito e focada nas relações sociais.
Peter (Michael Peña) começa a ter sonhos recorrentes que apresentam uma invasão alienígena, com o intuito de eliminar a raça humana. É precisamente essa narrativa que vamos acompanhar, assim como as implicações familiares inerentes. A recusa em consultar um médico leva a que sua esposa Alice tenha dúvidas sobre o seu estado de saúde mas os sonhos passam rapidamente à realidade, dando início à luta pela sobrevivência.
Os atacantes não revelam as suas intenções e parecem apenas interessados em aniquilar qualquer sobrevivente, o que adensa o mistério em redor da invasão. É uma regra minha evitar os spoilers e acreditem este filme tem um gigantesco twist, pelo que vos recomendo que vejam Extinction e utilizem a caixa de comentários para debatermos algumas ideias.
No geral, considero o filme competente, apresentando boas ideias, em redor de um casting em que destaco Peña, Mike Colter e Lizzy Caplan. Extinction tenta conjugar ação, narrativa e uma premissa que assenta na criação de laços com as personagens, para posteriormente surpreender com um cenário em que se as fronteiras da nossa moralidade são questionadas.
Não sendo brilhante, gosto de um filme que nos força a racionalizar e ponderar cenários distintos. Se possível, invistam 90 minutos neste projecto da Netflix.
hugocardoso
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