Os mais recentes projetos da DC foram bastante decepcionantes, com excepção de Wonder Woman, que aliou narrativa, desenvolvimento de personagens a um casting de qualidade. Essas premissas foram mantidas em Aquaman e o resultado é francamente positivo, algo que parecia impensável há cerca de um ano atrás, aquando da estreia de Justice League.
Vamos acompanhar a história de Arthur Curry, filho da Rainha Atlanna e de um humano, que terá a dura tarefa de evitar a guerra entre a Humanidade e os reinos de Atlântida. Para tal, vai necessitar de localizar o Tridente de Atlan, que lhe permitirá dominar todas as criaturas marinhas e unificar os vários reinos.
O primeiro acto é francamente interessante, com destaque para a interpretação de Nicole Kidman, que confere um dinamismo e sentido de grandiosidade em todas as cenas em que participa. Vamos igualmente conhecer Atlântida, mais concretamente a Princesa Mera e o Rei Orm, irmão de Arthur, que tem motivações muito específicas para detestar a Humanidade.
Aquaman tem uma entrada triunfante, com uma cena inicial no submarino, que consegue ser épica e apresentar-nos a génese da criação de Black Manta, um dos seus arqui-inimigos. As cenas de CGI estão espectaculares, conferindo um sentido de escala significativo ao Reino de Atlântida, assim como as coreografias de luta, que são de altíssimo nível.
A narrativa leva os nossos heróis a locais remotos, dos quais destaco Malta e a Fossa das Marianas, onde se localiza o tridente. Ao longo das quase duas horas e meia de filme existe a preocupação de contar uma história, sem esquecer o humor, o que contribui decididamente para que Aquaman seja o (segundo) melhor filme da DC.
O casting foi igualmente muito bem conseguido, apresentando um vilão convincente (Patrick Wilson), duas personagens secundárias altamente relevantes (Dolph Lungdren e Willem Dafoe) e uma química extraordinária entre Jason Momoa e Amber Heard.
Aquaman foi uma excelente forma de terminar o ano de 2018, fazendo crer que a DC pode ter franchises de qualidade, desde que seja exigente nos seus padrões. E agora sim, estou entusiasmado com o potencial da DC em termos cinematográficos.
hugocardoso
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