Após dois filmes verdadeiramente épicos, a saga Predador tem sido muito mal tratada, com filmes medíocres e que pouco acrescentam ao universo. No entanto, fui invadido por uma réstea de esperança quando li que Shane Black (actor do primeiro filme e consagrado argumentista) iria assumir a realização.
Optei por reduzir as minhas expectativas e tomei a decisão de investir 107 minutos, sendo agora importante partilhar a minha opinião. A premissa foca a manipulação de ADN e a necessidade de evolução da espécie, num enredo que faz pouco sentido. Aliás, a minha crítica principal aos últimos projetos (Predators, Alien Vs Predator) é precisamente a narrativa, que tenta ser demasiado elaborada. Relembro que os dois clássicos originais focam apenas a necessidade primária de caça, algo simples mas que funcionou de forma genial.
Ao longo do filme existem vários momentos de humor, assim como referências clássicas e até a presença de Keys (interpretado pelo filho de Gary Busey), que fazem o fan service necessário mas que se revela insuficiente para elevar este projecto a um nível aceitável.
O ritmo da narrativa é irregular, tirando muito pouco proveito dos actores escolhidos (Tom Jane, Sterling K. Brown, Olivia Munn e Boyd Holbrook), com a agravante de, em certa altura, entrar numa espécie de caricatura de filme de série B.
Como sabem, evito sempre os spoilers, motivo pelo qual omito vários detalhes, mas posso assegurar-vos que a maldição do “Predador” mantem-se. O mais prudente nesta fase é deixar a franchise em paz durante alguns anos e apostar num regresso de qualidade, com a premissa dos dois primeiros filmes, que são um marco no género.
hugocardoso
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