Godzilla: The Planet Eater

A terceira e última parte desta aventura retoma os eventos de City on the Edge of Battle, com a destruição total da cidade MechaGodzilla. Como seria de esperar, as três facções do Conselho estão em desacordo, o que aumenta a tensão a bordo da Aratrum, onde os Bilusaludo exigem que Haruo seja castigado pela suas acções.

No Planeta Terra, Metphies está a realizar o aproveitamento religioso da situação, tentando fazer de Haruo um mártir, na tentativa de ganhar novos seguidores para o Deus dos Exif. Os Houtua, mais concretamente Miana, descobre que os Exif comunicam telepaticamente, ficando a par do plano para trazer o Deus Ghidorah para a nossa dimensão.

Para complicar ainda mais a situação, tem início uma revolta na Aratrum, criando as condições ideais para que os sacerdotes Exif consigam o número de seguidores suficientes para iniciar o ritual que trará Ghidorah para este universo, dando início a uma série de eventos destrutivos e que colocarão em causa a existência da Humanidade.

Ghidorah manifesta-se através de uma singularidade e parece não ser afectado pelas leis da Física do nosso Universo. Os Exif acreditam que tudo tem um fim pré-definido, considerando um privilégio fazer parte desta cerimónia em que são consumidos pelo seu Deus, como uma dádiva ou sacrifício.

E assim tem início uma batalha titânica entre as duas criaturas, com clara desvantagem para Godzilla, face à incapacidade de ferir a existência intangível de Ghidorah neste Universo. Vou, uma vez mais, evitar os spoilers, salientando apenas que Haruo, com a preciosa ajuda de Mothra e Dr Martin, vai encontrar forma de equilibrar a balança, devolvendo o Deus dos Exif à sua dimensão.

O final desta aventura está longe de ser um cliché, o que me agradou, embora esteja carregado de simbolismo. O diálogo final de Metphies dá a entender que Haruo é fundamental para o regresso futuro de Ghidorah à nossa dimensão, o que justifica o final de Planet Eater.

Nos derradeiros minutos finais, ficamos a saber que Maina está grávida de Haruo e que o Dr Martin consegue reparar Vulture, o único Mech que sobreviveu da cidade MechaGodzilla. Há uma cena pós-créditos que partilha um ritual futuro, em honra de Haruo e que simboliza o eliminar de medos e receios.

No global, este anime está bem conseguido, embora tenha seguido um caminho repleto de simbolismo, em que a religião e o comportamento humano são pilares fundamentais. Acredito que não seja bem recebido pela maioria, mas sugiro que invistam tempo nesta trilogia da Toho Animation.

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hugocardoso

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