Há cerca de dois meses que utilizo de forma assídua a tablet, pelo que está na altura de vos transmitir a minha opinião. Lamentavelmente não fiquei satisfeito com o resultado final do vídeo que tinha prometido, motivo pelo qual este post apenas conterá texto e imagem. Num futuro próximo, com uma camera HD (Sanyo Xacti), será mais fácil cumprir esse desejo.
Mas passemos ao que realmente interessa: a minha opinião. Quando Steve Jobs apresentou este produto no início do ano, a definição inicial seria um gadget que se enquadraria num patamar intermédio entre um netbook e o computador pessoal . Muitas dúvidas surgiram nessa altura sobre o sucesso comercial do iPad, mas os números não enganam: a Apple conseguiu mais um produto vencedor.
Os alicerces deste produto assentam na excelência da sua construção, com destaque óbvio para o display. É um facto que em termos estéticos se assemelha bastante a um iPod Touch em formato esteróide, mas não duvidem por um segundo da sua qualidade. Passo a explicar:
Prós
- Autonomia de Bateria (10 a 12 horas)
- App Store com 25.000 aplicações específicas
- Mobilidade extrema
Um dos meus grandes receios era a capacidade de autonomia, sobretudo quando utilizasse mais recursos do processador. Foi esse um dos principais motivos pelo qual optei pelo modelo Wifi e não estou arrependido. Consigo retirar vários horas do iPad, chegando por vezes a estar uma semana sem o carregar, o que é excelente. Paralelamente, tenho ao meu dispor a App Store, que sem dúvida fornece a este dispositivo todos os meios para se tornar num produto apelativo, sendo neste momento uma plataforma importante em termos de videojogos, com várias empresas de renome associadas ao projecto.
Mas o iPad é muito mais do que videojogos, disponibilizando conteúdos diversos, dos quais destaco e-reading, redes sociais, media e ferramentas de produtividade. Na minha opinão, é um excelente complemento ao computador pessoal e um óptimo gadget para nos acompanhar em viagens e períodos de férias.
Contras
- Sistema Fechado
- Funções limitadas (impressão, tethering, multitasking, flash, entradas USB e HDMI, etc)
- Display glossy, demasiado reflectivo
Como em qualquer produto, existem pontos positivos e negativos. No caso deste tablet, a minha insatisfação está direccionada para as restrições do próprio sistema, que se fecha demasiado, bem ao estilo da Apple. Um claro exemplo é a impossibilidade de criar um screencast, o que arruinou por completo os meus planos para esta review. Não compreendo igualmente o facto de não existirem portas USB e HDMI e de o iOS 4.2 só chegar no final do ano, quase 6 meses após o lançamento no iPhone.
No que diz respeito à função de E-Reader, o iPad tem uma restrição muito importante: o écran reflectivo. Em dias de sol ou de elevada luminosidade, torna-se quase impossível ler, ao contrário do que acontece por exemplo num Kindle.
A quem pode interessar este produto?
Quem pretender um aparelho que lhe permita efectuar navegação básica na web, gerir o email e oferecer entretenimento, deve comprar um netbook. O iPad não vai substituir o portátil, mas sim complementar. No meu caso utilizo para gestão email, redes sociais, jogos, vídeos e claro o visionamento dos meus podcasts preferidos no conforto da cama, uma feature verdadeiramente épica!
O preço pode ser um entrave, apesar de manter a ideia de que 499 euros é um valor aceitável. É certo que nos próximos meses sairão inúmeros produtos semelhantes, a correr Android e a valores mais apelativos, mas a qualidade continuará a fazer pender a balança para o lado da Apple.
Sou um cliente satisfeito com o iPad, que recomendo sem hesitação, mas recuso terminantemente comparações com o Kindle, dado que são produtos diferentes, com funções igualmente distintas. Caso pretendam única e exclusivamente um E-Reader, comprem um Kindle, que é claramente a melhor opção no mercado actual.
hugocardoso
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