A aguardada sequela de Sherlock Holmes chegou finalmente ao cinema e como seria expectável Guy Richie não desiludiu.
“A Game of Shadows” retoma a narrativa sensivelmente no ponto onde termina a primeira aventura. O iminente casamento de Watson vai ser abruptamente interrompido pelo Professor Moriarty, obrigando Sherlock Holmes a medidas extremas para derrotar o seu arqui-inimigo.
Gostei bastante da primeira aventura, sobretudo devido à abordagem irreverente de Richie, elevando o detective a uma figura de acção, quase a roçar o super-herói. É uma realidade que o pensamento dedutivo de Holmes continua presente, embora numa perspectiva muito própria de Hollywood.
Em relação a este filme, apraz registar que no global é melhor que o primeiro, embora tenha algumas falhas. Considero excessiva a duração do filme (129 minutos) e gostaria que existisse uma química mais forte entre Moriarty e Holmes. Outro ponto estranho é a forma abrupta como retiram Irene Adler da narrativa (10 minutos de filme), perdendo na minha opinião uma personagem importante.
Em relação a pontos positivos, destaco a fotografia, as épicas cenas de acção, apontamentos humorísticos e a simbiose quase perfeita entre Holmes e Watson. O filme leva-nos igualmente a várias cidades europeias, tentando sempre passar uma ideia de conspiração global mas sem esquecer a abordagem de Richie à personagem de Sir Conan Arthur Doyle.
Os últimos 15 minutos de filme, com o jogo de xadrez entre Sherlock e Moriarty é excelente e termina com uma “homenagem” muito interessante aos livros. No global, como já referi, gostei bastante desta sequela e vejo com bons olhos uma terceira aventura. 2012 começou de forma muito positiva!
hugocardoso
Últimos artigos de hugocardoso (Ver todos)
- Scooby-Doo! Mystery Incorporated T.2 - 2024-04-15
- The Witcher T.3 - 2024-04-10
- Scooby-Doo! Mystery Incorporated T.1 - 2024-04-05
Concordo contigo no que diz respeito ao enredo. O segundo filme tem um ritmo frenético, com passagens por Londres, França, Alemanha e Suiça mas perde alguma qualidade narrativa. Em termos de cenas de acção, coreografia e a forma como Ritchie filma as sequências só tenho um comentário: ÉPICO!
Relativamente à cena da queda livre, não quis colocar esse spoiler mas já que avançaste (eheheh) tenho de concordar que foi um excelente momento.
O meu maior desagrado é mesmo a pouca química entre Moriarty e Holmes (excepção feita aos últimos 15 m). Estamos a falar de rivais, arqui-inimigos, yin e yang, alfa e beta… as cenas entre ambos deviam tornar o ar rarefeito…
Mas no global é um excelente filme, que recomendo vivamente.
Yep.. em termos de enredo gosto definitivamente mais do primeiro. Tem muito mais de “detective” que a sequela, a acção está muito focada no génio do Holmes, dois vilões a fazer asneiras em simultâneo e muitos plot twists pelo caminho. No segundo estão sempre a andar de um lado pro outro, mal param para respirar e parece que não há tanto mistério intrincado por desvendar, é só a confirmação da suspeita em relação ao vilão e muita pólvora à mistura.
Efeitos visuais, não há dúvida que o segundo está melhor, como seria de esperar 🙂
P.S.: Achei particularmente delicioso aquele momento em que o Holmes e o Moriarty vão em queda livre he he
Ehehe, fico à espera. 😉