Zack Snyder foi uma escolha algo polémica como realizador para o reboot do Homem de Aço mas confesso que gosto da sua abordagem cinematográfica. Posso começar este artigo por salientar que gostei bastante deste filme, pelos motivos que passo a descrever: enredo, qualidade dos actores envolvidos e excelentes cenas de acção.
Pela primeira vez tive a oportunidade de ver este filme no IMAX do Colombo e apesar de não ser fã de 3D fiquei rendido à experiência. É verdade que dez euros por um bilhete é algo exagerado (embora mais barato do que a média na Europa) mas para alguns filmes vale bastante a pena, dado que somos completamente envolvidos na narrativa. Pessoalmente adorei os primeiros 60 minutos, onde se nota muito do “dedo” de Christopher Nolan, que teve a função de conselheiro criativo e produtor . A narrativa é extremamente envolvente, com vários flashbacks da infância de Clark, assim como da destruição de Krypton. O elenco é muito bom, com particular destaque para Russell Crow e Diane Lane, que enchem o écran com a sua interpretação.
A escolha de Henry Cavill foi acertada e o equilíbrio entre acção e narrativa é quase perfeito, tornando os 140 minutos numa viagem fantástica. O grande segredo para um bom filme de super-heróis é a história, nomeadamente a “humanização” da personagem com base nas suas crenças e necessidades. Man of Steel é para mim o melhor filme do género em 2013, ultrapassando Iron Man 3, o que diz bem da sua enorme qualidade.
O vilão escolhido é o General Zod, interpretado por Michael Shannon e cumpre por completo a sua função de antagonista. As cenas de acção ou batalhas são verdadeiramente ÉPICAS, embora a minha parte preferida seja passada no Planeta Krypton. Existem pormenores deliciosos, tais como a explicação do S no fato ou mesmo uma leve menção a Lex Luthor (atenção ao logo no camião cisterna onde decorre uma das primeiras lutas). Gostei da abordagem de Snyder à personagem de Lois Lane, muito mais activa do que nos filmes originais por exemplo, sem perder o seu encanto.
Como pontos negativos, apenas o desfecho da batalha final entre o General Zod e alguns bloopers com que nos vamos deparando durante o filme (algo perfeitamente natural). Confesso que entre o Super-Homem de Christopher Reeve e de Snyder as diferenças são imensas mas ambos têm as suas virtudes.
hugocardoso
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Neste caso exporta para o blog, fica a correcção 😉
Sofia Dias, Paulo Ferreira e este plugin que estou a utilizar que importa os comentários directamente para o blog? Muita forte… 🙂