Pacific Rim

Elegi este filme como um dos meus “dark horse” para o ano de 2013  e apesar de não ter tido a oportunidade de o ver em IMAX fiquei agradado com a experiência no seu total. Pacific Rim não será certamente o melhor do ano mas cumpre a sua função de entretenimento.

Benicio Del Toro traz-nos a história dos Jaegers, robots gigantes que são criados para combater os Kaiju, uma raça alienígena que invade a Terra por um portal localizado numa falha tectónica algures no Oceano Pacífico. Apesar do sucesso inicial do projecto, o inimigo começa a ganhar vantagem, dado que consegue adaptar-se rapidamente à tecnologia dos Jaegers, dizimando quase por completo a totalidade dos resistentes. Num acto desesperado, os humanos constroem o “Muro da Vida”, que se revela impotente para deter os poderosos Kaiju, culminando numa ofensiva final na falha tectónica. O grande plano consiste em detonar uma ogiva nuclear dentro do portal, na esperança de o fechar, salvando o Planeta da aniquilação total.

É precisamente neste ponto que vamos acompanhar a equipa liderada por Stacker Pentecost, que tem como armas três Jaegers modernos e um modelo quase obsoleto, pilotado por Raleigh e Mako, uma dupla improvável. O enredo é simples e as interpretações medianas, o que é normal, dado que o foco de Pacific Rim é claramente a batalha épica entre o Bem e o Mal. Raleigh representa o herói caído em desgraça, que tenta ajudar Mako Mori, uma novata com um trauma infantil, a conseguir realizar uma “fusão de mentes”, essencial para manobrar estes robots gigantes. As cenas de acção estão francamente bem conseguidas, com alguns momentos cómicos à mistura e com a capacidade de nos demonstrar a grandiosidade da tragédia que ocorre.

Curiosamente são as personagens secundárias que mais vida dão à narrativa (Dr. Gottlieb, Hannibal Chau e Dr Geiszler), que apresenta alguns vazios que na minha opinião mereciam uma explicação detalhada. Peço aos leitores que evitem as próximas linhas, dado que vão incluir SPOILERS. Tenho alguma dificuldade em compreender o motivo pelo qual os Kaiju atacam em tão reduzido número, dado que nunca percebemos se é uma limitação do portal. Qual o motivo pelo qual se cria o “Muro da Vida”, composto por betão, cimento e vigas quando nem os Jaegers, que pesam toneladas, conseguem derrotar os Extra-Terrestres. E por último, se é necessário o portal reconhecer o ADN de um Kaiju como é que as cápsulas de emergência regressam ao Planeta Terra?

Acabam por ser questões secundárias mas que me deixam algo desapontado, apesar de considerar Pacific Rim um sucesso. Consegue manter o espectador atento e focado na narrativa, apesar de ser um género que nem sempre agrada ás massas. Recomendo claramente o filme mas faço a ressalva de que está longe de ser perfeito, apesar de cumprir o papel de blockbuster de Verão.

 

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hugocardoso

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Membro da fantástica colheita de ©1978. Utilizador de . Adepto do SLB, LA Lakers e Colorado Avalanche. Entusiasta de Retro Gaming, Cinema e BD. Colecionador de Estátuas na escala 1/6. Fã #1 de Muttley, o 🐶

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2 Comentários em “Pacific Rim”

  1. É uma experiencia agridoce. Se por um lado tens efeitos especiais e cgi de deixar os olhos húmidos (especialmente em IMAX) por outro tens um argumento péssimo, cheio de inconsistências e cenas que te deixam confuso (“mas, mas…”), e para não ajudar, actuações fraquíssimas..
    Pode funcionar para alguns, mas para quem gosta da experiência completa, não consegue evitar de vir lá desapontado (o meu caso) : /

    1. Compreendo perfeitamente a tua perspectiva e concordo com o nível da performance dos actores mas nesse ponto fui com expectativas baixas, o que provavelmente me ajudou bastante.

      O enredo é de facto muito básico mas não há como odiar robots gigantes a lutar contra monstros vindos do espaço.

      Pacific Rim podia de facto ser muito melhor mas no essencial cumpriu a sua função, pelo menos para mim.

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