Star Trek: Deep Space 9

Durante a minha infância segui com assiduidade o Universo Star Trek, nomeadamente através do Canal 2 da RTP, que passava a série durante o período da tarde. Provavelmente DS9 foi o spin-off que menos atenção recebeu da minha parte, pelo que tomei a decisão de rever e avaliar as sete temporadas. Foi um processo longo, sobretudo devido aos meus afazeres pessoais e profissionais mas que valeu bem a pena. Star Trek – Deep Space 9 conta-nos a História da Estação Terok Nor, que se situa estrategicamente entre um buraco negro e o planeta Bajor, que sofre violentamente com a ocupação dos Cardassians.

Fruto de uma guerra civil sangrenta mas bem sucedida, a Estação é retomada pelos rebeldes, que voltam a assumir o controlo do planeta, expulsando o inimigo para o seu reduto. É precisamente neste ponto que a Federação é convidada a gerir DS9 (antiga Terok Nor), em conjunto com os Bajorianos, com o objectivo claro de reconstruir a sociedade e manter a paz. Benjamin Sisko é o escolhido, com a sua equipa a ser composta por humanos, bajorianos, trills e Oddo, um changeling que consegue adoptar a forma que bem entender.

As primeiras 3 temporadas são francamente boas, focando muito do enredo no desenvolvimento da relação entre a equipa e com as inevitáveis traições e planos para sabotar esta relação. De forma progressiva vamos sendo apresentados a novas raças, que visam destruir a Estação e conquistar a Galáxia. A religião é um ponto constante em toda a série, mais concretamente em relação ás profecias de Bajor e o facto do Capitão Sisko ser considerado “o emissário dos Deuses”. Temos igualmente alguns episódios completamente aleatórios (fantástico o que junta o Capitão Kirk e a Enterprise) mas memoráveis e que servem essencialmente para aligeirar a narrativa, que a partir de determinado ponto se centra na guerra Dominion/Cardassia/Bree  vs Federação/Klingons/Romulans.

A partir da quarta temporada Worf passa a fazer parte da equipa, o que marca claramente o início de uma narrativa vincada pelas relações amorosas e com destaque para a cultura Klingon. Apesar de algumas reservas iniciais, confesso que as melhores temporadas são a 4 e 5, com muita acção e um enredo repleto de incógnita e incerteza. Worf acaba por ser uma excelente adição, revitalizando a série e o meu nível de interesse. Lamentavelmente tudo tem o seu fim e DS9 acaba por não justificar uma sétima temporada, que se arrasta de forma penosa durante vários episódios, conseguindo apenas recuperar nos últimos dez, que culminam com o fim da guerra e a habitual batalha épica final.

No global, gostei do que DS9 acrescentou ao universo Trekkie. O Capitão Sisko é uma personagem diferente, que trava uma batalha interior para lidar com a questão de ser o “Emissário” mas que ao mesmo tempo consegue manter os princípios da Federação. Em termos de personagens, penso que merece destacar Jadzia Dax, Oddo, Major Kira, Quark e Dukat, embora existam vários pontos de interesse alternativos. Continuo a ter a forte convicção de que ST-TNG é a série a bater, mas DS9 consegue estar próximo de ST Voyager, o que é francamente positivo.

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hugocardoso

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