O sentido da (minha) Vida

Considero-me uma pessoa de trato fácil, embora deixe essa confirmação para quem me conhece pessoalmente. Mas partindo dessa premissa, posso garantir-vos que nem sempre é fácil conviver diariamente comigo, dado que tenho a tendência para esconder parte da minha personalidade, como forma de protecção, à semelhança de milhões de pessoas nesta grande bola azul no meio do espaço.

Ultimamente graças à rede social do senhor Zuckerberg tive a oportunidade de acompanhar um grupo reservado à minha antiga escola secundária, o que me permitiu “reencontrar” alguns ex-colegas. No meu caso em específico tem sido uma experiência amarga, sobretudo ao ter conhecimento que alguém com quem partilhei alguns anos da minha adolescência se suicidou no dia do seu aniversário. São murros no estômago como este que nos fazem pensar e contemplar a nossa fragilidade, o que me leva cada vez mais a valorizar os poucos mas extraordinários amigos que tenho.

Parte da minha vida profissional é passada na companhia de  jovens com 25 anos ou menos, em que uma das minhas prioridades passa por incutir valores e princípios que considero fundamentais. Nem sempre é fácil gerir as emoções e os comportamentos mas ao final de quase dez anos continuo a considerar-me um indivíduo com sorte, nem que seja pelo facto de conseguir marcar um momento da vida de umas destas pessoas.

São inúmeras as pedras pelo caminho, com a permanente desilusão e ingratidão próprias da idade mas continuo a acreditar no meu método e nas minhas convicções. Alguns consideram-me um optimista, quiçá a roçar o utópico, o que pode até ser uma realidade mas para mim continua a ser fundamental seguir o caminho certo e não o mais fácil.

Sejam verdadeiros, respeitem o próximo e acreditem nas vossas potencialidades. Sou um forte crente no karma e apesar de me considerar um agnóstico acabo por ter uma fé inabalável no espírito humano, o que acaba por ser um contra-senso enorme mas que me define claramente.

Este artigo está longe de ser um desabafo negativo, bem pelo contrário e foge bastante à temática deste espaço mas é sempre bom apresentar-vos parte da minha essência. E para terminar, quero apenas enviar um abraço enorme ao Pedro Guerreiro. Onde quer que estejas, espero sinceramente que tenhas encontrado a paz que procuravas…

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hugocardoso

Criador / Fundador do Portal Pessoal
Membro da fantástica colheita de ©1978. Utilizador de . Adepto do SLB, LA Lakers e Colorado Avalanche. Entusiasta de Retro Gaming, Cinema e BD. Colecionador de Estátuas na escala 1/6. Fã #1 de Muttley, o 🐶

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2 Comentários em “O sentido da (minha) Vida”

  1. Depois de ler este post, também eu sinto que acabei de levar um murro no estômago. E nem é nada comigo.
    Acho que tens que começar a assinalar este tipo de posts com uma bolinha vermelha. Dessa forma, psicologicamente já ficamos mais preparados.
    🙂

    Parvoíces minhas, força e avante.

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