Apesar de ter sido uma agradável surpresa, a segunda temporada de Salvation anula quase tudo o que foi feito de positivo. A luta contra o asteróide Samson continua e a vida de Darius Tanz vai sofrer alterações inesperadas, mesmo para quem vive num cenário apocalíptico.
Em termos de narrativa, considero surreal os incontáveis twists que os argumentistas resolveram introduzir, sem que fosse acrescentada qualidade ao produto final. Apesar do casting contar com alguns bons actores, esta segunda temporada é muito fraca, ao ponto de se ter arrastado por meses a minha capacidade de suportar mais do que um episódio.
Confesso que os últimos três episódios lançam algumas premissas interessantes, que pecam por tardias, resultando no (natural) cancelamento da série. É sempre frustrante quando um projeto destes termina sem o desfecho narrativo, mas é incompreensível a queda na qualidade, sobretudo quando comparada com a primeira temporada, que é francamente positiva.
O derradeiro episódio tem um “final” interessante, que poderia elevar Salvation no campo da ficção científica, mas são cinquenta minutos que espelham o caos, a completa falta de coerência e o comportamento surreal das personagens, mesmo num cenário de extinção da espécie humana.
Por todos estes motivos, não consigo recomendar esta série, mas caso tenham interesse, sugiro o Netflix para acesso ao conteúdo.
hugocardoso
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