Mortal Kombat

A adaptação cinematográfica dos anos 90 resultou em dois filmes pouco memoráveis, coincidindo com a falência da Midway. Essa infeliz conjugação de eventos deixou a franchise num hiato, no que diz respeito à sétima arte, mas permitiu a sua consolidação no reino dos videojogos.

O ano passado foi lançado o filme de animação, Scorpion´s Revenge, que se revelou uma agradável surpresa, abrindo caminho para o projeto live action. É notória a convergência de ideias, sobretudo no que diz respeito à história de Hanzo Hasashi, que é assassinado por Bi-Han, do clã Lin Kuei.

O primeiro acto apresenta-nos as principais personagens da narrativa, separando claramente vilões e heróis. Contem por isso com os clássicos Rayden, Shang Tsung, Sonya Blade, Jax, Kung Lao, Mileena, Cabal, Kano e Goro, assim como a adição de Cole Young, que foi criado especificamente para este filme.

Vou evitar, como habitualmente, os spoilers, mas posso adiantar que há muito fan service e frases específicas dos jogos ao longo dos 110 minutos. A premissa é a habitual: a Terra (Earthrealm) perdeu 9 torneios consecutivos, estando à mercê da invasão de Shang Tsung caso some mais uma derrota. O Deus responsável pela Terra, Lord Rayden, vê-se forçado a recorrer a um improvável grupo de heróis, treinando-os para encontrar o seu poder oculto (arcana).

Vamos lentamente tomando conhecimento do lore de Mortal Kombat, com a explicação dos motivos que levam à escolha dos heróis para o torneio. Adicionalmente, vamos aprofundar a ligação de Cole a Hanzo Hasashi e acompanhar a forma como os diversos heróis vão superar os seus fantasmas e aprender a trabalhar em equipa, para travar os planos de escravidão da Humanidade.

As cenas de ação estão bem coreografadas e, no geral, o universo de Mortal Kombat é retratado de forma competente. Gostaria de ter visto mais detalhe acerca do NetherRealm mas, tendo em conta o desfecho, diria que teremos essa oportunidade numa sequela, algo que ainda está pendente de confirmação.

Para terminar, diria que este filme é claramente direcionado a fãs da franchise, apresentando uma visão interessante do universo. É curiosa a decisão da narrativa não ser focada no torneio, mas sim numa tentativa  de “batota” por parte de Shang Tsung. O filme não tem uma cena pós-créditos, mas faz uma alusão clara a uma das personagens mais icónicas de Mortal Kombat.

Mediano
72%
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hugocardoso

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