O ano é 2092 e o Planeta Terra está praticamente inabitável, em consequência do desaparecimento de grande parte da fauna e flora. Como consequência, a Humanidade (sobre)vive na órbita do planeta, em estações criadas pela Corporação UTS.
A premissa está longe de ser inovadora, mas assenta numa hierarquia social, em que a população é segmentada com base nos seus recursos financeiros. Alguns “não-cidadãos” podem adquirir um visto, que lhes permite trabalhar nas estações ou como Space Sweepers, equipas que recolhem lixo espacial na órbita do planeta.
A narrativa foca-se na tripulação da Victory, que se envolve de forma inadvertida numa conspiração ao mais alto nível, que tem como objetivo a extinção da vida na Terra. Posso adiantar que a descoberta de Dorothy, um robot humanoide, dá início a uma série de eventos que colocam à prova a capacidade dos nossos quatro heróis: Capitão Jang, Tae-ho, Tiger Park e Robot Bubs.
Dorothy aparenta ser uma arma de destruição, procurada por James Sullivan, o CEO da UTS e o Salvador da Humanidade. Mas ao longo da aventura, vamos tomar conhecimento da terrível verdade e os nossos heróis serão forçados a tomar decisões impossíveis, mas necessárias, para assegurar a sobrevivência da raça Humana.
Os efeitos especiais são aceitáveis, numa narrativa que está longe de ser brilhante, mas que cumpre a sua função de entretenimento. Destaque para a participação de Richard Armitage, o único nome sonante do elenco.
Space Sweepers tenta replicar uma space opera, com algumas ideias e conceitos interessantes, embora sem atingir um nível particularmente elevado. Dito isto, se pretendem relaxar duas horas e são fãs de ficção científica, este é um filme em que podem investir.