A primeira edição da Comic Con Portugal foi um êxito, criando implicações que elevaram as minhas expectativas para 2015. Voltei a adquirir os bilhetes em Julho, o que me demonstra a minha confiança no sucesso do evento e as primeiras novidades eram sem dúvida muito interessantes. No entanto, com o passar dos meses, os meus níveis de stress aumentaram e fui invadido por uma sensação que me fazia antever um fail de proporções épicas.
Saí de casa no Domingo, dia 6, por volta das 7:30, para uma viagem de sensivelmente três horas, que correu dentro da normalidade. Ao chegar à Exponor, fiquei agradavelmente surpreendido pela presença assinalável de público mas rapidamente percebi que alguns dos meus piores receios se tinham tornado realidade: Maior nem sempre significa Melhor. Há que assinalar que a organização deste ano foi francamente superior, com entradas céleres e com as várias zonas de entretenimento bem demarcadas. A oferta em termos de restauração estava a anos luz em relação a 2014, o que é excelente. Mas parece-me agora importante abordar os pontos menos positivos: a área de memorabilia foi uma sombra do ano passado, em que se destacou uma exposição fantástica com vários props de filmes icónicos. Em 2015 tivémos direito a um TIE Fighter e ao Delorean mas tudo o resto foi insípido e francamente mal aproveitado.
Relativamente a painéis, esta edição foi para mim uma desilusão completa, tal o deserto de presenças que chamassem a minha atenção, excepção feita a John Noble, que infelizmente apenas esteve disponível no Sábado. A terceira zona, reservada a gaming e a alguns stands, foi provavelmente a mais bem conseguida, dado que pude assistir a um desfile Star Wars e a algumas demonstrações de jogos indie e torneios de Hearthstone.
Considero que do ponto de vista de entretenimento, a edição de 2014 foi claramente superior. Este ano houve claramente uma preocupação em ter mais espaço ocupado, sobretudo com merchandising e tecnologia mas na minha opinião essa não é a génese da Comic Con. Para alguém como eu, que faz 600 km, com os gastos em alimentação, portagens e combustível, é necessário aquela recompensa extra, que apenas pode ser atingida com painéis de qualidade.
É evidente que no global a experiência é positiva, pelas horas de diversão com amigos, os contactos estabelecidos e o simples facto de estar num ambiente que para mim é agradável. Mas após ponderar os prós e contas, chego à conclusão que este ano não valeu a pena o meu esforço. Por esse motivo, dificilmente estarei na edição de 2016, excepto se corrigirem as lacunas que mencionei.
Antes de terminar, parece-me importante frisar que este tipo de eventos em Portugal está no início, sendo natural que se cometam erros. Convido-vos a visitar a Comic Con e tirarem as vossas próprias ilações. O texto que escrevi representa única e exclusivamente a minha experiência e espero obter o feedback habitual da vossa parte, na caixa de comentários. Como sempre, eis uma mini-galeria de fotos com alguns dos destaques.
hugocardoso
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Pessoalmente não estive presente mas pelo pouco que vi online deu para perceber que deixou mt a desejar
Na minha opinião, sim. Foi um evento maior, conforme referi mas em que
faltou conteúdo. No entanto, recomendo que vás a uma edição futura, até porque costumas deslocar-te com frequência ao Porto.