A primeira temporada de Daredevil é, na minha opinião, a melhor de todas as séries de super-heróis, o que coloca sem dúvida a fasquia muito elevada. Talvez por esse motivo esta segunda temporada introduza a história de Frank Castle e Elektra, em detrimento do clássico embate entre vilão e herói.
Os primeiros seis episódios são quase dedicados na totalidade a Castle, explicando o seu ódio pelos gangs de Hell´s Kitchen e colocando os seus ideais e princípios em confronto com os de Matt Murdock.
A narrativa vai evoluindo, com o embate físico entre ambos os heróis e o consequente aprisionamento de Frank, que vai ser representado por Murdock & Nelson. Os episódios que estão associados ao julgamento são francamente muito bons e fazem a ponte para o aparecimento de Elektra, criando a narrativa paralela para esta temporada.
Contem igualmente com a introdução de uma sociedade secreta, conhecida por “The Hand”, que tem ligações à Yakuza, assim como o regresso de algumas caras conhecidas da primeira temporada. De forma progressiva, vamos tendo conhecimento da sua história com Matt e as motivações de Elektra, nomeadamente os reais motivos por detrás do seu aparecimento e fazemos a ligação com a narrativa de Castle, o que melhora qualitativamente esta segunda temporada.
No entanto, o grande trunfo é mesmo o julgamento de Castle, com a sua condenação e consequente aprisionamento no mesmo estabelecimento onde se encontra Kingpin. Digo com frequência que um bom vilão representa 50% do necessário para uma série de sucesso e Wilson Fisk é uma personagem épica.
Apesar de entrar em apenas quatro episódios, o seu impacto é inegável, permitindo um final de temporada espectacular. Como sempre, vou evitar colocar spoilers, mas recomendo vivamente que acompanhem as aventuras de Matt Murdock.

Hugo Cardoso

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