A narrativa inicia com uma tempestade solar de proporções épicas, que vai incapacitar grandes partes das comunicações. Progressivamente, vamos tomando conhecimento de comportamentos estranhos, que envolvem ataques canibais e tendências homicidas, com a família Copeland no centro da acção.
Torna-se complicado inserir esta série num género, uma vez que somos bombardeados com tempestades, quedas de meteoritos, terramotos, pragas, criaturas sobrenaturais e o fim do Mundo nos primeiros dois episódios.
A narrativa é fragmentada, sem grande desenvolvimento de personagens e com decisões questionáveis, para dizer o mínimo. A primeira temporada é composta por treze episódios e confesso que não foi do meu agrado. Acaba por existir uma tentativa de explicação científica nos últimos dois episódios, que apresenta lacunas mas permite-nos ter algum sentido de foco.
As interpretações são medianas (para ser simpático) e o enredo é insipiente, mas a partir de certa altura senti a necessidade de chegar ao fim apenas para ter a certeza que existiria alguma explicação lógica para esta panóplia de lendas e mitos urbanos.
Aftermath é uma série estranha, que tenta ser única em vários aspectos, acabando por falhar redondamente. Sinceramente, não posso recomendar que invistam tempo em algo tão diferente mas deixo ao vosso critério a decisão. Espero que este artigo vos possa ajudar na decisão e caso tenham algo a partilhar, utilizem a caixa de comentários.

Hugo Cardoso

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