Star Trek: Enterprise

Não me considero um Trekkie, mas posso dizer-vos que sou um grande fã de ficção científica. Ao longo dos anos, tenho falado no blog sobre séries como Stargate, Babylon 5 ou Battlestar Galactica, que na minha opinião definem o que de melhor se fez no género. Há algumas semanas atrás, iniciei o visionamento do “patinho feio” da saga Star Trek, mais conhecido por Enterprise.

Esta série remete-nos para os primórdios da aventura humana no espaço, com a primeira nave da classe NX, capitaneada por Jonathan Archer. As comparações com Picard, Kirk ou Janeway são inevitáveis, mas essa é um debate que pouco ou nada interessa para a avaliação da série. O facto de alguns dos episódios serem realizados por Levar Burton leva a que a personagem de Archer seja completamente diferente de todos os outros capitães, o que faz todo o sentido.

Star Trek Enterprise é composta por 4 temporadas, com uma premissa inicial essencialmente direccionada para a exploração. As duas primeiras temporadas, sem serem brilhantes, desenvolvem a narrativa e as respectivas personagens, criando um ambiente muito agradável e familiar ao Universo Trekkie. A relação com os Vulcan, a história de Zefram Cochrane e as disputas com os Klingons são uma constante, com a introdução dos Andorian e uma Guerra que envolve elementos que viajam no tempo. Os episódios são fluidos e bem estruturados, com os vários elementos a encaixarem de forma quase perfeita.

Pelo contrário, as duas últimas temporadas são uma desilusão completa, apesar de terem claramente mais acção. Perde-se muita da ligação entre personagens e tudo parece muito apressado, a um ritmo quase frenético. Alguns episódios são interessantes, dado que fazem ligação com o criador de Data e dos híbridos de Khan, mas considero que o caminho seguido em termos de narrativa foi completamente errado. A série termina em declínio completo, sem rumo e com sinergias falhadas com Star Trek The Next Generation.

Na minha opinião, é importante que os fãs de ST vejam esta série, que tem algumas virtudes e faz pontes interessantes com elementos do Universo Trekkie. Parece-me evidente que é a mais fraca deste franchise, mas seria extremamente difícil superar a fasquia imposta por Picard e ST: TNG.

A tentativa foi de louvar, mas Enterprise fica muito aquém do esperado, o que me entristece, porque honestamente acredito que tinha potencial para bem mais.

They tried to boldly go where no man has gone before… but failed miserably

quote by Hugo Cardoso 😆

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hugocardoso

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4 Comentários em “Star Trek: Enterprise”

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