A Marvel continua a expandir o seu Universo, apostando em séries, que, na minha opinião, irão complementar os filmes da quarta fase da MCU. Falcon and the Winter Soldier retira alguma inspiração da BD, mas explora a realidade pós-blip, em que o Mundo tenta lidar com o regresso de milhões de pessoas.
Gostei particularmente da abordagem, que levanta temas controversos e atuais, tais como o racismo, a xenofobia e a ténue linha que separa os heróis dos vilões. Ao longo de sete episódios, acompanhamos a evolução de Bucky, que tenta fechar o capítulo do Winter Soldier, ao confrontar os familiares das suas vítimas.
Sam opta por recusar a “pesada herança” de Steve Rogers, para se focar na sua vida pessoal mas rapidamente constata que a decisão teve contornos inesperados. Contem com o aparecimento de um novo Capitão América, uma parceria imprevista com o Barão Zemo e uma visita à mítica Madripoor, onde Bucky e Sam irão encontrar uma antiga parceira de aventura.
As cenas de acção estão excepcionalmente bem coreografadas mas é a narrativa que cativa, com a adição constante de novas variáveis, que lançam uma série de opções para Secret Invasion e Capitão America 4. Para os entusiastas das histórias originais da BD, existem igualmente muitas referências, com destaque para Power Broker, Isaiah Bradley, US Agent e La Contessa Valentina Allegra de la Fontaine.
Destaco igualmente as ligações a Wakanda, com (nova) menção a White Wolf, algo que poderá, ou não, vir a ser explorado na sequela de Black Panther. Falcon and The Winter Soldier tem o selo de qualidade da Marvel e lança premissas interessantes para inúmeros projetos futuros, voltando a reforçar a importância da MCU na cultura pop do século XXI.

Hugo Cardoso

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