Rotulado como uma comédia dramática focada numa temática de ficção científica, este filme arrebatou os Óscares de 2023. A produção ficou a cargo dos irmãos Russo, cabendo a Daniel Kwan e Daniel Scheinert o argumento e realização.
A narrativa foca-se em Evelyn Quan Wang, uma emigrante chinesa que tenta ser bem sucedida no competitivo mercado capitalista dos Estados Unidos. O negócio não corre particularmente bem, o que gera a necessidade de uma inspecção por parte das Finanças, dando início a uma sequência de eventos que a fará tomar conhecimento de Alpha-Waymond, uma versão do seu marido, que é proveniente do Alphaverse.
Ficamos a saber que existe uma vilã, apelida como Jobu Tupaki, que está a destruir universos, por motivos que irei manter no anonimato. Este filme explora de forma muito simples temas complexos, tais como a depressão, a forma como a homosexualidade é encarada por culturas mais tradicionais e a próprio sentido da vida, numa perspectiva de sucesso profissional e evolução humana.
As interpretações de Michelle Yeoh , Stephanie Hsu, Ke Huy Quan, Jamie Lee Curtis e James Hong são uma mais valia para uma narrativa, que em certos momentos nos leva para cenários e universos que podem retirar alguns espectadores do filme. Pessoalmente, considero que Everything Everywhere All at Once não necessita de 140 minutos, embora o derradeiro acto esteja muito bem conseguido e transmita uma mensagem positiva e de esperança.
De forma a evitar spoilers, vou focar-me pouco nos detalhes do enredo, mas posso adiantar que Evelyn vai ser capaz de sentir os inúmeros multi-versos de forma simultânea, o que lhe permite aceder ao conhecimento e capacidades inatas de todas as suas versões. Existem momentos que nos fazem recordar o filme original de The Matrix, sendo igualmente relevante destacar as coreografias de luta, que estão muito bem conseguidas.
Esta é sem dúvida uma experiência diferente, que não irá de encontro ás expectativas de todos, mas que se revelou interessante para mim. Por esse motivo, termino com uma avaliação positiva e faço a recomendação, salientando as virtudes deste inesperado projeto.
hugocardoso
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