Adi Shankar é o responsável pela nova série de animação de Devil May Cry, que já se encontra disponível via Netflix. A narrativa vai introduzir a origem de Dante, um jovem caçador de demónios, cujo passado vai estar ligado a um evento apocalíptico. A ação decorre nos EUA, em que a DARKCOM (Dark Realm Command), uma organização financiada pelo vice-presidente, tenta erradicar a ameaça demoníaca, com a utilização de armas muito específicas.
Dante vê-se envolvido numa gigantesca conspiração, liderada pelo White Rabbit, que tem como objectivo desactivar a barreira que separa o mundo dos humanos do Inferno. A narrativa está muito bem conseguida e introduz de forma muito competente William Baines, Enzo Ferino e Mary Arkham. No que diz respeito a lore, existem obviamente algumas adaptações mas temos pequenos vislumbres da predileção de Dante por por pizza e sundaes de morango, assim como do seu trágico passado familiar, que será fundamental para o impasse em que terminamos esta primeira temporada.
São oito episódios repletos de ação, em que a nossa perspectiva pode alterar significativamente, em função das revelações que vão sendo introduzidas a meio da temporada. O arco de White Rabbit é fantástico, assim como a sua personagem, convertendo esta série numa experiência muito agradável e que recomendo sem hesitação. Quero igualmente destacar o privilégio de termos a voz de Kevin Conroy no elenco, naquela que terá sido um dos seus derradeiros trabalhos.
No global, há muito para destacar de forma positiva nesta série, que já tem a segunda temporada confirmada. Apesar de ser evidente qual o caminho seguido, confesso que estou curioso no que diz respeito a potenciais ambiguidades na narrativa, à semelhança do que ocorreu nesta primeira temporada.

Hugo Cardoso

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