Christopher Nolan regressa com um filme que muitos compararam a 2001 – Odisseia no Espaço, do mestre Kubrick. Confesso que era um dos filmes mais aguardados por mim em 2014 e Interstellar cumpre a sua função, sendo claramente uma das melhores experiências cinematográficas do ano. O elenco é de luxo, com destaque para Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Michael Cane, John Lithgow, Matt Damon, Topher Grace e Casey Affleck.
Num futuro próximo, o planeta Terra está a uma geração de se tornar inabitável, situação desconhecida para a população em geral. Cooper, em ex-engenheiro e piloto da NASA, tem uma vida de agricultor e vive com os seus dois filhos, numa quinta, à semelhança de grande parte da sociedade. Sem necessidade de armas, a população está mais estratificada do que nunca, numa clara tentativa de sobreviver ás pragas e à escassez de alimentos que assola o planeta.
A filha de Cooper, Murph, encontra acidentalmente uma anomalia relacionada com a gravidade, que desencadeia uma série de eventos, que resultam na criação de uma equipa, com o objetivo de explorar alguns destinos habitáveis para a sobrevivência da raça humana. E penso que nesta fase o melhor será não entrar em pormenores, de forma a evitar spoilers. A narrativa está muito bem estruturada, tem diálogos fantásticos e Nolan consegue direccionar o espectador para onde pretende, numa espécie de dissertação acerca da capacidade de sobrevivência, da adaptabilidade do ser humano, a busca pelo desconhecido e claro da fé inabalável que muitos questionam.
Interstellar é efectivamente um filme de ficção científica, tem inclusivé muitas noções actuais relacionadas com buracos negros, viagem no tempo, dimensões e a inevitável teoria da relatividade de Einstein, mas é muito mais do que isso. Estamos perante uma experiência que tocará cada um de nós de forma diferente e em que possivelmente chegaremos a conclusões distintas mas não tenho dúvidas em sugerir que vão ao cinema, se possível, ao IMAX.
Existem pormenores soberbos que gostaria de debater, mas parece-me mais adequado não estragar a surpresa a quem ainda não viu esta obra prima de Nola (mais uma). Para concluir, apenas uma nota de rodapé: apesar de colocar este filme muito alto na minha lista, não considero que seja superior a 2001 – Odisseia no Espaço, mas penso que tal seria extremamente ambicioso.
hugocardoso
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