Jill Adams é uma ex-médica do Exército Americano, que tenta corrigir os erros do seu passado. O primeiro acto mostra-nos precisamente as consequências das suas decisões, dado que os seus filhos, Noah e Matilda, vivem com a avó e aparentam ter uma relação muito distante com a sua mãe.
Num Sábado em que lhe foi permitido passar tempo com as crianças, sofre um acidente de viação, que leva a uma paragem cardíaca da sua filha mais nova. Com a ajuda do Xerife, conseguem salvar Matilda mas rapidamente percebem que algo de muito estranho afetou a cidade. O acidente parece ter sido consequência de um gigantesco impulso electromagnético, que inutilizou a maior parte dos componentes eletrónicos que servem de base à sociedade como a conhecemos.
Os satélites começam a cair na atmosfera e rede de comunicações está totalmente destruída. Para complicar ainda mais o cenário, todos os humanos deixam de ser conseguir dormir, algo que poderá levar à extinção da Humanidade em menos de duas semanas. A premissa de Awake é interessante e poderia efetivamente ser um sucesso mas a verdade é que as interpretações são francamente más e a direção da narrativa é medíocre.
As decisões tomadas por Jill não fazem sentido e a introdução de personagens secundárias pouco acrescenta em termos de narrativa. O que deveria ser um cenário de apocalipse mais parece uma trip ácida de terceira qualidade, motivo pelo qual não consigo recomendar Awake. Aliás, posso afirmar com total convicção que este é o pior filme que vi este ano.
Diria que é bem mais produtivo passar estes 96 minutos a dormir (sim, piada fácil).

Hugo Cardoso

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