Andrew Dabb é o mais recente responsável pela adaptação para série televisiva desta franquia da CAPCOM. Ao longo de oito episódios acompanhamos Albert Wesker e as suas duas filhas, Jade e Billie, numa abordagem diferente mas que sinceramente não me convenceu.
A narrativa mostra-nos um futuro apocalíptico, em que os zombies infestaram a maior parte do planeta. Jade Wesker converteu-se uma cientista e acredita que é possível controlar o T-Vírus, recorrendo a tácticas menos ortodoxas. Resident Evil usa e abusa de flashbacks, com constantes alternâncias entre o passado e o presente, no sentido de criar um cronograma temporal dos eventos que levam ao colapso total da Humanidade.
Os episódios focam-se maioritariamente na vida escolar das filhas de Wesker, que lentamente vão descobrindo o passado oculto de Albert. Sem colocar spoilers, preparem-se para alguns momentos absurdos e que irão irritar os fãs da franquia, sobretudo no que diz respeito à liberdade criativa que os argumentistas utilizaram nesta adaptação.
Contem igualmente com várias cenas de ação, que vão conferindo alguma dinâmica a uma narrativa fraca e que pouco acrescenta ao universo Resident Evil. A fraca receptividade deste projeto da Netflix poderá inviabilizar uma segunda temporada, que sugere a introdução de Ada Wong na história.
No global, não consigo recomendar este projeto e acredito que os fãs hardcore desta franquia possam nutrir um ódio de estimação muito especial por esta abordagem deveras invulgar.
hugocardoso
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