O mais recente projecto de Matthew Vaughn é essencialmente um filme de espionagem, com uma forte componente de humor. A premissa centra-se em Elly Conway, uma escritora bastante reservada, que criou Argylle, um super-espião que faz as delícias dos seus fãs.
O primeiro acto contém uma cena de ação épica, que decorre num comboio, onde somos introduzidos a Aidan Wilde, um espião que protege Elly de uma tentativa de rapto. Ficamos a saber que The Division, uma organização secreta, pretende recrutar os seus serviços, no sentido de localizar um ficheiro que contém informação sensível. O mais extraordinário é o facto dos seus livros detalharem informação absolutamente real, o que adensa o mistério.
Este filme, conforme referi, é uma comédia, que não se leva muito a sério, combinando cenas de ação com humor constante. A relação entre os dois protagonistas é o clássico amor-ódio, que acaba por sofrer alguns twists, ao longo dos 139 minutos. O elenco conta com nomes sonantes, tais como Henry Cavill, Bryce Dallas Howard, Sam Rockwell, Bryan Cranston, Catherine O’Hara, Dua Lipa, John Cena e Samuel L Jackson.
A narrativa é básica, embora se esforce em criar momentos imprevistos. Apesar de terem uma presença reduzida, Cavill e John Cena são hilariantes, acabando por ofuscar o duo principal, composto por Sam Rockwell e Bryce Howard. Está muito longe de ser algo memorável, mas garante entretenimento, sobretudo pelas cenas de ação, que chegam a roçar o ridículo.
Diria que o ponto mais negativo é a excessiva duração do segundo acto, que pouco contribui para o resultado final. Se procuram o típico filme pipoca, esta pode ser uma boa opção.

Hugo Cardoso

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