Depois de Star Trek Enterprise e The Next Generation, foi altura de (re)ver Star Trek Voyager. Honestamente, pouco ou nada me recordava, pelo que foi uma experiência muito interessante.
A série é composta por sete temporadas e conta as aventuras da nave de classe Intrepid, que vai realizar a sua primeira missão: capturar Chakotay, o líder dos rebeldes Maquis.
O resultado final da operação está longe do esperado, com a Voyager a ser catapultada para um ponto longínquo da Galáxia. A partir desse momento a tripulação de ambas as facções (Federação e Maquis) é “forçada” a colaborar, com o objectivo de regressar ao planeta Terra.
As primeiras temporadas exploram precisamente essa relação, com as desconfianças e traições a preencher grande parte do enredo. Pelo meio, forjam-se alianças com novas raças e formam-se rivalidades letais. São várias as espécies apresentadas nesta série, com destaque para os Caretakers, Kazon, Borg, Species 8472 e os Hirogen.
No que diz respeito à interpretação, são várias as personagens a merecer destaque. Mantendo a linha de ST TNG, o elenco é excelente e constatamos uma evolução constante das várias personagens, das quais destaco a busca da condição humana por parte do holograma do Doutor.
A Capitã Kathryn Janeway é uma excelente líder, com elementos comuns a Picard e Kirk. Aliás, todas as temporadas estão repletas de participações especiais (Tenente Barclay, Sulu, William Ryker, Quark, Deanna Troy, Q e La Forge), o que é sempre importante para estabelecer laços com a franchise.
Quanto à tripulação, realço Tuvok, o chefe de segurança Vulcan, Neelix, Seven of Nine, Harry Kim, Tom Paris e o Comandante Chakotay, que são elementos fundamentais. Como é evidente, nem tudo é perfeito, mas no geral estamos perante uma excelente série.
Como ponto negativo, saliento a saída de Kes e parte da última temporada, que me parece apressada e pouco pensada. Não vou colocar spoilers acerca do final mas penso que se podia ter ido mais longe. Voyager não consegue atingir o nível de TNG, mas fica bem perto, o que me parece ser o maior elogio que podia tecer. E passemos então a ST: Deep Space Nine.

Hugo Cardoso

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