Este filme foi um dos meus dark horses para 2019, combinando uma premissa interessante com um leque de actores de elevada qualidade. A narrativa acompanha a história de Roy McBride, filho de H Clifford McBride, um histórico pioneiro da SpaceCom, desaparecido há dezasseis anos, numa missão espacial.
O que parece inicialmente ser o enquadramento para traçar o perfil psicológico de Roy, torna-se rapidamente no ponto principal do enredo. Tudo começa numa série de descargas elétricas, provenientes de Neptuno, que aparentam estar relacionadas com o Projeto Lima, precisamente a missão que levou ao desaparecimento do seu pai.
A pedido dos seus superiores, Roy aceita viajar até Marte e enviar uma mensagem, com o intuito de avaliar a sobrevivência de Clifford McBride. Ad Astra é, na minha opinião, uma metáfora para a vida, que se foca em sentimentos como a perda, dor e a ambição desmedida do Homem. Gosto particularmente de um dos monólogos de Pitt, em que frisa “We’re world eaters, thus we journey to the stars”.
Existem algumas cenas de ação, sobretudo na Lua, mas diria que a grande experiência do filme é precisamente a viagem, que coloca Roy em contacto com os seus sentimentos mais reprimidos, permitindo avaliar prioridades e encontrar o seu próprio caminho.
Parece-me importante destacar a excelente performance de Pitt, assim como Tommy Lee Jones. Como habitualmente, vou evitar os spoilers mas convido-vos a dar uma oportunidade a Ad Astra. Existem momentos deliciosos, tais como a visão cínica sobre a colonização da Lua e a crítica ao espírito conquistador da Humanidade. E para terminar, que dizer da mensagem final, após termos conhecimento do resultado final do projeto Lima?
Spoilers… eu sei… fico por aqui 🙂
hugocardoso
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