Num aparente futuro próximo, a Humanidade luta pela sobrevivência, em seguimento de um parasita fúngico que converte os infectados em zombies. O primeiro ato decorre numa instalação militar, em que jovens crianças estão a ser educadas nas mais diversas disciplinas. Ficamos igualmente a saber que os humanos utilizam um creme que inibe o seu odor, tornando-os invisíveis para os zombies.
As crianças são híbridos, que evoluíram num ventre humano, mantendo a capacidade de raciocínio lógico. A forma como são tratados pelo humanos é um dos pontos mais marcantes do filme, mas uma jovem, Melanie, converte-se na derradeira esperança, dado que consegue suprimir parcialmente a “fome” de consumir carne humana. Quando está prestes a ser dissecada, é resgatada por Helen Justineau, a sua professora, que a consegue retirar do complexo militar, que entretanto foi destruído por um ataque zombie.
No segundo ato acompanhamos a aventura de Melanie, Helen, a Dra Caroline Caldwell, o Sargento Eddie Parks e o soldado Kieran Gallagher. A sua missão passa por comunicar com a base e solicitar resgate, no sentido de criar uma vacina que possibilite a sobrevivência da raça humana. Como habitualmente, vou evitar os spoilers, mas quero destacar a narrativa, que é muito fluida e cria empatia com as personagens, que tomam decisões impossíveis com base num contexto único.
As interpretações estão bem conseguidas, com destaque para Gemma Artenton, Sennia Nanua e Paddy Considine. O desfecho final é igualmente fora da caixa, algo que me agrada e eleva este filme a uma experiência extremamente agradável e que recomendo. Esqueçam os conceitos pré-concebidos dos zombies e preparem-se para algo diferente e que, na minha opinião, é totalmente refrescante.

Hugo Cardoso

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