Ao longo de oito episódios, vamos acompanhar as aventuras de Heron, um dos filhos bastardo de Zeus. Apesar desta personagem ter sido criada especificamente para a série, há claramente uma influência da mitologia grega, em que é frequente a união entre deuses e humanos.
A narrativa arranca com o enquadramento histórico, dando a conhecer uma guerra entre Deuses e Gigantes, que acaba com a vitória do Olimpo. De forma a manter a paz, os Deuses guardam a alma dos Gigantes num caldeirão, que é protegido por Talos. A premissa desta primeira temporada é muito simples: Hera não aceita a infidelidade do seu marido e pretende a cabeça de Heron, dando início a uma revolta no Olimpo, que cria duas fações. Zeus impôs uma regra, que impede a interferência direta dos Deuses no destino da Humanidade, algo que não é cumprido por ambos os lados.
Adicionalmente, surge uma nova raça na Terra, os demónios, que resulta do consumo da carne dos Gigantes. O seu líder, Seraphim, vai acabar por assassinar a mãe de Heron, a pedido de Hera, dando início a uma série de eventos que culminará coma derradeira batalha entre Deuses e Gigantes.
Ao longo dos episódios, vamos assistir à evolução de Heron, que está consumido pela raiva e ódio aos Deuses, assim como à inesperada ligação a Seraphim. A Deusa Hera engendra um plano diabólico, que irá ter uma conclusão inesperada, que lança uma premissa interessante para as próximas duas temporadas, que já se encontram confirmadas pela Netflix.
Blood of Zeus é uma experiência agradável, com um casting em que destaco Jason O´Mara, Claudia Christian, Jessica Henwick, Melina Kanakaredes, Jennifer Hale e Fred Tatasciore. O equilíbrio entre o desenvolvimento de personagens e ação é soberbo, o que permite contar uma história envolvente e que ainda estará longe de concluída.

Hugo Cardoso

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