O terceiro filme da saga funciona como uma prequela, levando-nos para o primeiro dia da invasão alienígena, na cidade de Nova Iorque. Michael Sarnoski é o realizador desta história, que introduz Samira, uma doente terminal, que em conjunto com o seu gato de apoio emocional, vai ter de lidar com esta ameaça impensável.
A primeira informação que me parece relevante é o facto de Day One não disponibilizar detalhes ou informação adicional acerca da origem ou das intenções dos invasores. Estamos perante uma história isolada, que nos vai contar a aventura de Sam e Eric, dois perfeitos estranhos que vão unir esforços para tentar sair da ilha.
Pessoalmente, considero este filme ligeiramente inferior ao anterior, embora tenha um ambiente muito mais próximo do que foi o original. A magia está precisamente na evolução da relação entre Sam e Eric, que nada têm em comum, mas que vão encontrar a motivação para continuar a lutar e atingir o seu objetivo.
Estamos perante um filme emocional, com excelentes interpretações de Lupita Nyong’o e Joseph Quinn e que faz uma breve ponte com o segundo filme, ao introduzir a personagem de Henri, o líder da comunidade criada na ilha. O final é terrivelmente simbólico, retratando o desfecho que ambas as personagens ambicionavam.
Day One é um filme que não vai agradar a todos, sobretudo pela ausência de progresso no que diz respeito à narrativa associada aos motivos da invasão alienígena. No entanto, a sua premissa passa por contar a história de dois perfeitos desconhecidos, que conseguem criar uma relação e encontrar terreno em comum, no meio do caos.

Hugo Cardoso

Últimos artigos de Hugo Cardoso (Ver todos)
- Thunderbolts - 2025-10-10
- Thursday Murder Club - 2025-10-05
- Shangri La Frontier T.1 - 2025-09-30