A narrativa retira inspiração da teoria de Cumbre Vieja, que prevê o risco de uma derrocada nas ilhas Canárias, que causaria um tsunami no Oceano Atlântico. Nesta produção da Netflix, vamos acompanhar uma família norueguesa, que tenta reequilibrar a sua relação, assim como a Dra Marie Ekdal, que é a cientista responsável por detectar a ameaça.
Ao longo dos quatro episódios, há uma clara tentativa de humanizar as personagens, desenvolvendo os seus receios e limitações individuais. À medida que a situação vai evoluindo, torna-se evidente que uma catástrofe deste género causaria o pânico e levaria à tomada de decisões eticamente questionáveis.
Na minha opinião, muitos dos cenários estão retratados de forma plausível, sobretudo no que diz respeito ao secretismo do Governo e à inevitável sobrevivência do mais forte, que consegue expor o pior da Humanidade.
Dito isto, é evidente que não deixa de ser uma visão optimista de algo que poderá ocorrer no futuro. O ritmo da narrativa é apropriado, deixando as cenas de ação para o derradeiro episódio, em que ocorre a erupção vulcânica. Se procuram uma série que aborde cenários catastróficos, sem aquela visão típica de Hollywood, La Palma é uma escolha sólida.
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Hugo Cardoso

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