Julio Verne é, sem margem para dúvida, um dos escritores mais reconhecidos do século XIX. A sua imaginação é lendária, dando vida a obras de ficção que ainda hoje são uma referência no género.
20.000 Léguas Submarinas narra as aventuras do Nautilus, uma embarcacão movida a electricidade e que pode ser comparada a um submarino da era moderna. Os capítulos iniciais introduzem o Professor Aronnax e o seu fiel criado, Conseil, que irão embarcar no Abraham Lincoln, com a missão de capturar ou eliminar uma estranha criatura marinha. Para tal, irão contar com o auxílio de Ned Land, um exímio entusiasta do arpão.
Após várias semanas de tranquilidade, encontram finalmente o Nautilus, que facilmente derrota o Abraham Lincoln, deixando-o incapacitado e à deriva. Ned, Aronnax e Conseil são atirados borda fora, mas acabam resgatados pela tripulação do Nautilus, convertendo-se em hóspedes permanentes do Capitão Nemo.
Esta é a premissa do livro, que se foca na distância percorrida pelos nossos três protagonistas, a bordo desta embarcação única. A escrita de Julio Verne é detalhada, repleta de informação náutica e histórica, que varia entre a fauna e flora, passando pelo funcionamento do próprio Nautilus e culminando com um desfecho aberto, que pode ser interpretado de forma única por cada um dos leitores.
Considero muito curioso, talvez a roçar o irónico, que no meio de tanta descrição e detalhe, pouco seja revelado acerca da identidade do Capitão Nemo, assim como da sua tripulação.
No entanto, esta é uma leitura que recomendo sem hesitação, sobretudo para quem é fá de uma boa aventura.

Hugo Cardoso

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