Wonder Woman 1984

A DC tem falhado de forma consistente nos últimos anos, mas no que diz respeito a Wonder Woman, a escolha de Gal Gadot foi perfeita, tendo originado, na minha modesta opinião,  um dos melhores filmes de super-heróis dos últimos anos.

O cenário de pandemia que vivemos atrasou, por razões óbvias,  as estreias dos principais projectos mas eis que finalmente tive a oportunidade de ver a sequela, que conta, uma vez mais, com a realização de Patty Jenkins. O facto do argumento ter a contribuição de Geoff Johns aumentou o meu nível de confiança, embora reconheça que não fiquei convencido com os trailers apresentados.

A narrativa retoma na década de 80, onde encontramos uma Diana Prince que trabalha como curadora num museu, embora continue a combater o crime, de forma anónima. O acto inicial marca o tom do filme, apresentando-nos uma Wonder Woman amargurada e com claras dificuldades em gerir a perda de Steve Trevor.

Maxwell Lord (Pedro Pascal) e Cheetah (Kristen Wiig) são os vilões desta aventura, que irá incorporar um artefacto antigo que aparenta conceder qualquer desejo, embora a um custo elevado. O desenvolvimento destas duas personagens é intrigante e acaba por impedir que o primeiro acto seja um falhanço completo.

Não compreendo minimamente a decisão de trazer Steve Trevor para a sequela, dado que pouco ou nada acrescenta à história, repetindo inclusivamente algumas das premissas do filme original. Existem no entanto alguns momentos cómicos que envolvem Diana e Steve, tendo como pano de fundo o estilo dos anos 80.

As cenas de ação são aceitáveis, embora o CGI deixe algo a desejar, em determinados momentos. Infelizmente, a presença de Gal Gadot é insuficiente para converter os 151 minutos de WW 1984 em algo digno de referência positiva. O terceiro e último acto engloba a batalha com Cheetah e uma série de decisões que moldam o desfecho final desta sequela, que ficou muito aquém das minhas expectativas.

Pelas razões acima mencionadas, sou forçado a conceder que WW 1984 é, para já, a minha desilusão cinematográfica do ano. Gostaria de ter visto uma narrativa distinta, que se focasse num Maxwell Lord mais fiel à BD e numa Cheetah que pudesse converter-se numa ameaça clara a Diana Prince, algo que não é visível neste filme.

Espero sinceramente que a DC aprenda com este falhanço, mantenha a confiança em Gal Gadot e aposte forte para a conclusão da trilogia. Para terminar, peço-vos apenas que vejam a cena pós-créditos, que tem algo relevante em termos de fan service.

Mediano
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hugocardoso

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