Considero-me um entusiasta de filmes de zombies, pelo que não podia continuar a procrastinar no que diz respeito a este projeto, realizado por Yeon Sang-ho. A narrativa centra-se na personagem de Seok-woo, um gestor de investimentos que tem uma visão cínica do mundo. O primeiro acto introduz este pai divorciado, viciado em trabalho, que tem uma relação distante para com a sua filha, Su-an. Após grande insistência, Seok concorda em apanhar o comboio para Busan, permitindo à sua filha passar o aniversário com a mãe, com que tem uma relação de proximidade.
Após o embarque, a narrativa começa a desenvolver-se, com a partilha de informação de tumultos no exterior e um infectado a bordo, que vai iniciar uma verdadeira epidemia no comboio KTX 101, com destino a Busan. Lentamente, vamos tomando conhecimento das restantes personagens desta narrativa, com destaque para Sang-hwa, a sua esposa grávida, Seong-kyeong e Yon-suk, um executivo que prioritiza a sobrevivência.
As cenas de acção estão bem conseguidas, garantindo o envolvimento do espectador com as personagens. Essa ligação sentimental é fundamental para a progressão da história, em que vários elementos se vão sacrificando, por motivos distintos, para garantir a sobrevivência dos mais jovens. Parece-me igualmente relevante destacar as cenas a bordo do comboio, que conseguem conferir uma sensação de claustrofobia, maximizando a experiência inerente a esta aventura.
Train to Busan é um filme muito competente, garantindo entretenimento e criando uma empatia para com os desafios constantes do grupo, que são constantemente confrontados com probabilidade baixas de sobrevivência. Fica a minha recomendação, sobretudo para quem é fã deste género. Do meu lado, segue-se Península, que apesar de ter sido comercializado como uma sequela, é apenas uma história paralela, que decorre no mesmo universo.
hugocardoso
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