A primeira aventura cinematográfica de Sam Wilson como Capitão América introduz algumas novidades interessantes, tais como a organizacão Serpent, o conceito de adamantium e um vilão bem conhecido da Marvel Comics. Adicionalmente, reintroduz o General Thaddeus Ross, agora interpretado por Harrison Ford e recupera algumas personagens de Falcon & Winter Soldier, mais especificamente Isaiah Bradley e Joaquin Torres.
Como é apanágio, evito partilhar spoilers, mas posso adiantar que o primeiro acto tem a habitual cena épica de acção e lança a premissa narrativa que suporta Brave New World. Após os eventos de The Eternals, a Ilha Celestial, onde se encontra Tiamut, e dispustada por vários países. Ross, o novo presidente dos EUA, tenta mediar um tratado, que visa partilhar o adamantium e os restantes recursos. No entanto, um incidente coloca tudo em causa, levando a uma investigação que irá expor um passado obscuro, assim como Copperhead e Sidewinder, duas figuras importantes da Serpent.
Brave New World tem uma narrativa previsível, em que somos bombardeados com inúmeras pontas soltas de outros projectos da Marvel, sem grande explicação. Ficamos igualmente a saber que os eventos de The Incredible Hulk fazem parte desta linha temporal, algo que é explorado de forma recorrente, embora sem grandes repercussões.
Um dos pontos positivos é a introdução de Ruth Bat-Seraph e Joaquin Torres, que representam essencialmente os novos aliados de Sam Wilson. No global, estamos perante um bom filme de acção mas em que falta identidade. Estamos num periodo de transição mas parece-me redutor insistir em pontos que já foram visados na série, com a agravante de existir pouca progressão a nível narrativo.
Adicionalmente, e tendo em conta a relevância do vilão, gostaria que o mesmo tivesse um papel mais activo, mas o foco de Brave New World é inequivocamente Thaddeus Ross. No cômputo global, é uma experiência agradável, mas fica muito aquém dos primeiros filmes de Capitão América. E conforme mencionei, apesar de algumas ideias e conceitos interessantes, a narrativa pouco ou nada ajudou a progredir a MCU.

Hugo Cardoso

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